Vida familiar

A Bíblia é um livro que nos traz princípios maravilhosos e esses bem aplicados em nossas vidas nos tornaram pessoas melhores. Uma dessas causas primárias é a família como instituição divina, ou seja, Deus criou homem e mulher e ordenou que multiplicassem. Tendo Deus feito o ser humano a sua imagem e semelhança, afirmamos com os sistemáticos que esse é a coroa da criação, todavia muitos não estão conseguindo enxergar dessa forma, por isso se faz necessário convidá-los para juntos refletirmos sobre esse tema nas linhas que se seguem e então termos cautela com as nossas atitudes para com esse bem precioso, a família!

I – Minha vida em Família

Se tivermos como axioma da vida que a família é uma instituição divina, concomitantemente afirmaremos ser ela algo bom, pois Deus sendo perfeito em bondade só pode suscitar coisas boas. Quando aceitamos que o ser humano foi criado imagem e semelhança de Deus estamos dizendo ser ele a excelência da criação, portanto olharemos para a família e perceberemos um grupo formado pela mais alta elaboração divina, então começaremos a respeitá-la e amá-la.

Ninguém pode escolher o meio familiar que vai nascer simplesmente nascemos. Contudo, isso independe, porque querendo ou não, pertencemos, no mínimo, sanguineamente a esse grupo que nos une com laços de parentescos, particularmente a mãe, o pai e os irmãos. E o fato de nascermos nesse ou naquele lar não encobre a máxima que propomos ser a família uma instituição divina formada pela coroa da criação, logo temos que ser capazes de abraçar essa verdade e nos acautelarmos frente às possíveis influências que procuram deturpar o valor real contido nessa classe.

Portanto, a aplicação desse princípio Bíblico em nossos lares nos encaminhará para um melhoramento em Minha vida em Família. Nos precavendo contra as ideologias fantasiosas que insistem em dizer que viveríamos melhor em outra família, que os pais e os irmãos dos nossos amigos são melhores que os nossos.

II – Meu Papel na Família

Esse conceito é aceito por muitos pelo fato de não entenderem qual seria o seu papel na família. É comum encontrarmos jovens conversando e entre os vários temas discutidos está o do comportamento de seus familiares para com eles. Nesses círculos existe um apontamento demasiado para o papel do outro e nunca para o seu próprio.

Como pessoas, temos uma forte inclinação em observarmos as falhas alheias, quanto as nossas, parecem que elas não existem. Por isso queremos ditar regras e dizer como os membros das nossas famílias devem agir conosco, acreditamos cegamente que sabemos quais são os papeis deles, entretanto ainda nem sabemos o nosso. Sendo assim, surgi à inquirição: “Como conhecer a função de outrem sem primeiro saber qual é a minha?” Precisamos nos perguntar, jovens, primeiro se temos agindo como filhos ou sobre o que é ser filho.

As famílias estão se destruindo por não conseguirem olhar um para o outro como semelhantes, mas apenas como inferiores. Meu papel na Família não é querer ser paparicado, o centro das atenções, o mais amado, aquele que precisa ter todos os seus desejos atendidos (lembrando que desejar faz parte do ser humano e esse nunca deixará de desejar, sendo assim, a família viverá apenas para realizar tais desejos), pois se assim fosse não existiria um lar sequer vivendo em harmonia.

Família é uma instituição divina que indica o outro e nunca nós mesmos. Deus viu que o homem estava só e lhe deu um presente, a mulher. (cf. Gênesis 2:18) Quando ganhamos um presente que muito nos agrada não só nos alegramos, mas também cuidamos, limpamos, protegemos, valorizamos (exceto se for algo alimentício). Deus presenteou Adão com a Eva e esses dois juntos presentearam um ao outro com filhos, dessa forma, nossos familiares são presentes que recebemos e o nosso papel é cuidar deles independentemente da situação.

III – O que Deus quer de mim na Família

Vamos partir da proposição maior do cristianismo, o amor, para falarmos sobre O que Deus quer de Mim na Família. Alguém já disse: “Às vezes pensamos que a pobreza é apenas fome, nudez e desabrigo. A pobreza de não ser desejado, não ser amado e não ser cuidado é a maior pobreza. É preciso começar em nossos lares o remédio para esse tipo de pobreza.”

O ser humano só pode se aproximar de Deus, porque Deus primeiro se aproximou dele. Esse princípio bíblico nos ensina que a vontade de Deus para a humanidade é que ela mantenha um relacionamento sadio uns com os outros, pois quanto mais nos achegamos a Deus, mais queremos nos ajuntar ao nosso semelhante reconhecendo que somos iguais mesmo tão diferentes.

“Ame ao teu próximo como a ti mesmo” disse Jesus. Isso é o que Deus quer de nós na família, ou seja, entender que a mesma faz parte do próximo. A novela descrita no Gênesis sobre a história de José nos esclarece o quanto devemos amar e valorizar essa instituição divina. Mesmo depois de ter sido traído pelos seus irmãos e vendido como escravo, o reencontro não foi marcado de ódio e rancor, mas sim de choro de alegria e amor.

Fujamos desses enredos enganosos forjados pela sociedade atual, que tem procurado descaracterizar o modelo familiar divino incutindo devaneios atualizados nas mentes de muitos. Sendo assim, para não começarmos a demonstrar algum tipo de indigência mental, acautelemos!

Conclusão:

Essa reflexão teve como objetivo nos provocar a pensarmos sobre a relevância da família. Se, deveras, conseguirmos enxergar a mesma como instituição divina que indica o outro e não a nós mesmos, estaremos dando passos largos para entendermos que a nossa felicidade na família não depende de nada que não dependa de nós mesmos.

Meditações Diárias:

Segunda – Efésios 6:1-4 | Terça – Provérbios 11:29 | Quarta – Josué 24:15

Quinta – Gênesis 1:28 | Sexta – Gênesis 2:18 | Sábado – Marcos 10:6-9

Domingo – Provérbios 15:27