Incendeu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava se acendeu um fogo: então falei com a minha língua. Disse: Faze-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil. Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade. (Selá) Na verdade, todo homem anda como uma sombra; na verdade, em vão se inquietam; amontoam riquezas e não sabem quem as levará. Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti.
Salmo 39:3-7
Pr. Saul Ferreira
O salmista declara que seu coração incendiou, indignou-se, ardeu em ira enquanto meditava a respeito dos ímpios e dos que praticavam a maldade. Com decisão de frear a língua para não pecar contra Deus, trabalhando dentro de si a paciência, o domínio próprio, pede ele ao Senhor que lhe ajude a compreender quão breve é a vida e quão frágil ele é. Reconhecer quem somos, ou quem nos tornamos, ou quem temos sido diante das circunstâncias adversas é um passo muito importante, podemos até mesmo dizer que é o passo inicial para avançar no relacionamento com Deus e com o próximo. O ato de buscar o autoconhecimento leva o indivíduo a decidir desarmar-se ou não para que possa ser tratado. É através do autoconhecimento que se percebe as próprias mazelas e fragilidades. Restando apenas a decisão de melhorar ou seguir afundando.